sexta-feira, 25 de julho de 2008

contigo

E de repente uma vontade livre e ousada de não ter mais saudade suscita em meu peito, domina minha cabeça e completa minhas razões. E daí eu vejo que algumas coisas existem por não existir nada. A vontade de ser cheio, de ser, apenas, é tão grande que nasce. A minha saudade só existe porque queria não ser mais uma saudade. Queria você, já perdi o controle dos porquês, já não faz mais sentido, já não tem mais razão. Mais se ainda é, alguma coisa deve ter sido real (ou irreal) o suficiente pra atravessar tanto tempo, tanto espaço.Me confundo nas palavras, já não faço sentido, ele ficou em você.
Não quero que eu esteja em você, por mérito dos meus pensamentos. Quero estar ai porque você quis, e por nada mais. E se você quiser, se só por um segundo o teu sentimento dar as mãos com o meu e eles se casarem porque se descobriram irmãos demais, eu vou prai. Eu vou e, se você quiser, eu fico todo dia. Fico até que o sentido se perca e não queira mais ter vontade de existir. E se você quiser, eu espero. Espero até que o nada que nasceu da morte do sentido seja mãe de uma nova sintonia, de um novo sentimento. E se ainda existir um pouquinho de amor, e se você quiser, eu prometo que não vou embora nunca mais.

Um comentário:

Mari&Débora disse...

esse é o mais lindo.
e ah, como é bom te ler :D

vou fingindo ser o que eu já sou

Minha foto
"O melhor drama está no espectador e não no palco."