quarta-feira, 12 de março de 2008

Imã

Foi de tanto pensar nele, foi de tanto entrar nas lembranças que ele deixou, que ela acabou cansada. Transcorrer no tempo, cansa. Ela, que já não vivia mais apenas aqui, entendia com uma gotinha de desespero, que se não parasse de deixar seu corpo aqui e ir sentir lá (com ele) ela ia acabar se arrependendo depois. Porque era a vida. Não pára pra qualquer capricho dos pensamentos. E aí, e se ela se acostumasse a voar lá e só lá? Quem é que ia trazer ela de volta pro corpo, se o único que tinha tido essa capacidade -de fazer ela voar- tinha sido ele? E ele estava lá. Ela queria lá, lá era mais bonito (porque ele estava lá).
E teve uma noite que ele pareceu voar pra ela aqui. Mais ela estava cansada de ficar deduzindo, rabiscando hipoteses e explicações...queria presente. Afastou o que não era. Não importava mais o que tinha falado, ela acreditava (mesmo) que o que aconteceu não tinha 'sido' só pra ela. Tinha algo a mais (também pra ele). E como ela acreditava, lá ele se assustava lembrando dela no meio de um dia chuvoso...
'Agora deixa o tempo andar, não pensa nisso mais, as coisas vão se encaixar...só espera, só vive'



Segunda-feira sonolenta, num cantinho de um papel, num cantinho de uma sala (aqui), ela rabisca "05 s2...". E ri, taí uma coisa que só ela entende.

Um comentário:

Anônimo disse...

bom
vc n me conhece
mas ás vezes eu leio o seu blog

e d mts outras pessoas
mas vc tem um jeito interessante
de tratar de si msm
e de escrever
bonito
é simplório
mt bonito msm

vou fingindo ser o que eu já sou

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"O melhor drama está no espectador e não no palco."