terça-feira, 9 de outubro de 2007

O armário de carvalho

Depois daquela noite
O orvalho entristecia o velho carvalho
A brisa gelada acariciava levemente a camiseta
E a eternidade parecia ter ficado adormecida na saudade
Névoa, noite, solidão. Ah, dolorosa perfeição!
Na lembrança fica o rastro da mudança
De um tempo que está perdido.
A flor exibia um tom inédito, tão colorido, tão indolor
Naquela primavera dourada
a flor havia se tornado o amor
Doçura velha de uma pintura amarga
Hoje já era amanhã
E o amanhã foi a promessa de um hoje melhor.

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vou fingindo ser o que eu já sou

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"O melhor drama está no espectador e não no palco."